O Corpo de Bombeiros informou ontem que ao menos 58 pessoas morreram em decorrência do rompimento da barragem em Brumadinho. Outras 192 foram resgatadas, 19 corpos foram identificados e 305 estão desaparecidas.

Na noite de ontem, um ônibus soterrado foi encontrado perto da área administrativa da Vale. Há pessoas mortas neste ônibus, mas o número não foi confirmado.

As buscas por novas vítimas chegaram a ser interrompidas na madrugada de domingo por conta do risco iminente de rompimento de outra barragem pertencente à Vale na cidade, mas na parte da tarde, a Defesa Civil informou que os riscos de novo rompimento diminuiu, e as buscas por desaparecidos foram retomadas. Os moradores que haviam sido desalojados foram autorizados a retornarem para suas residências.

A Justiça de Minas Gerais autorizou a quebra de sigilo telefônico de pessoas que estavam em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O objetivo é identificar desaparecidos após o rompimento da barragem da Vale. A quebra atinge um raio de 20 quilômetros do local do rompimento.

A Vale já teve R$ 11 bilhões bloqueados pela justiça. Os bloqueios têm objetivo de garantir recursos para reparar os danos causados, indenizar as pessoas atingidas pela tragédia e custear despesas ambientais.

Além disso, a companhia recebeu duas multas. Uma, de R$ 250 milhões, aplicada pelo Ibama, e outra, de R$ 99 milhões, aplicada pelo governo do estado.

O incidente ocorre cerca de três anos depois do desastre em Mariana com barragem da Samarco, empresa que pertence à Vale e à BHP Billiton.

Esse foi o maior desastre ambiental do Brasil. Apenas um mês depois, foram retiradas 11 toneladas de peixes mortos, oito em Minas e três no Espírito Santo. Três anos depois, estes estados ainda sentem os impactos ambientais.

Além disso, há moradores que perderam suas casas e a construção do lugar onde serão reassentados sequer começou.

Vinte e duas pessoas e quatro empresas respondem na Justiça pelo desastre ambiental provocado pelo rompimento da barragem da Samarco, 21 e uma delas por homicídio.

(Redação 93 FM/G1)